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Quando estás perdida no meio de tantas pessoas,
no meio de tantas histórias,
deparas-te com alguém que te desperta a atenção,
que te chama à atenção e acaba por te cativar...
A sua presença constante, dia após dia no ambiente normal do dia-a-dia provoca em ti uma sincronização de pensamentos, emoções inexplicável...
Apenas alguém da qual o próprio nome desconheces, sentes um interesse supremo,
nos momentos em que se apercebe do teu olhar,
pois encontras-te hipnotizada a observar de longe,
nesse momento em que outro olhar vem daquele lado tão misterioso desperta uma onda turbulenta de sensações.
O coração palpita, bate sem noção, os nervos manifestam-se à flor da pele e a primeira reacção é ignorar aquele olhar tão desejado.
Como é possível em suma este tormento. Todas estas emoções misturadas...
Paixão?

Ora a vida, quanto dela provém dúvidas...

Mas admito, quando esses momentos acontecem, reconheço que são óptimos.
Quando nos flui da alma pensamento com alguém desconhecido que nos cativou, quando pensamos, sonhamos... Vivemos na virtualidade da nossa própria mente... Mas sentimos-nos vivos, apenas vazios... incompletos ainda...
À espera de uma nova história, com inicio agora?
Sim, e que o fim só venha longe perdido na brisa do vento, sem aviso, que venha só quando tiver de vir... Mas que a realidade me faça acordar, para a compreender,

para me compreender.